Há quanto tempo não tenho um sonho meu?


Ultimamente tenho feito esta pergunta a mim mesma: 'qual é o meu sonho?'.

Não o sonho que me faz dormir mais serena e que, quando acordo, me deixa um gosto bom, uma energia renovada e esperança no novo dia. Nem o sonhar acordada, que me leva para outra realidade, ainda que por escassos instantes.

E também não o sonho de criança, de sonhar quem vou ser quando for grande, destemido e cheio de coragem, coberto de ingenuidade. Ou o sonho de juventude, de querer abraçar tudo, viver intensamente, beber da novidade, de conhecer mais e mais, de sorriso aberto e alegria desmesurada.

Leva-me muitas vezes a questionar se há uma idade certa para sonhar. Ou para deixar de sonhar. Se a esperança, a coragem e a intensidade - e um pouco de ingenuidade - de que o sonho precisa se vai perdendo com o passar dos anos.

Vejo os sonhos dos outros. Quando os sonham e quando se tornam realidade. Sou a que se entusiasma, escuta, ajuda, colabora e apoia. E fico verdadeiramente feliz por eles. Adoro ver o brilho no olhar, o sorriso estampado no rosto, o nervoso miudinho de saber que era mesmo aquilo que sonharam e agora é real.

Para mim, o sonho tem que ser isso mesmo: partilhado, participado. Não pode ser algo que apenas 'cozinho' para mim. Tem que ser verbalizado, colocado à discussão, à colaboração de quem está connosco - entendidos ou não no assunto. Mesmo que seja 'o meu' sonho.

Há demasiado tempo que não tenho um sonho meu. Uma ideia ou um projeto que quero realizar. Embrenhar-me no processo de concretização, fazer acontecer. Algo em que verdadeiramente acredite que posso fazer a diferença, que está ao meu alcance. Não precisa de ser megalómano, nem chegar a muita gente. Basta que seja bom para alguém e que realize o que sonhei.

Antonio Gedeão escreveu que 'o sonho comanda a vida'. Eu diria que são precisos sonhos. É urgente sonhar e acreditar que é possível. 

Vamos sonhar?


Não sei andar de bicicleta 🚲


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