Deixei-me apanhar por El Professor


A Netflix chegou a Portugal há mais de dois anos. Toda a gente falava disso. As séries que se viam de uma assentada, quase como um vício. Os filmes de todos os géneros que estavam à disposição, tudo com um valor mensal quase igual ao de um bilhete de cinema. Uma tentação.
Não me despertou muito interesse. Talvez por falta de tempo para estar sentada no sofá. Ou porque os canais de cabo com séries e filmes de alguma forma já me preenchiam a disponibilidade que tinha. Ou pura e simplesmente porque fui ocupando o meu tempo livre com outras coisas, como ler, escrever, ir ao cinema, passear, caminhar, dormir.

Mas às vezes o meu tempo livre passa de 8 a 80. Nas época festivas, quando os miúdos vão para o pai e os meus amigos e família têm os seus próprios programas, eu fico com 24h só para mim. Que inveja dirão alguns, "posso fazer tudo o que me apetecer, sem horários, atividades pré-programadas. um sonho!". De início esse tem de ser o espírito, até para não entrar em depressão, mas depois de quase três anos com muitas 24h só para mim, em que é obrigatório preencher essas horas com alguma coisa que faça com que passem depressa e que me ocupe a cabeça, ando sempre a pensar novas coisas para não cair na rotina.

Este fim de semana aconteceu isso mesmo. Seriam 48h sozinha, tirando um dia de trabalho. Filhos no pai. Pais fora de Portugal. Irmãos com programas com os seus filhos. Amigos com viagens de Páscoa em família. Tudo indicava que o tempo não permitia grandes saídas, pelo que ficar por casa se avizinhava como o programa mais indicado.

A juntar a isto tudo, a série La Casa de Papel era já um assunto recorrente nas conversas. E eu, completamente out. Era o fado português que fazia parte da banda sonora. Os nomes das personagens que toda a gente comentava. Até o merchadising da série passou a estar in. E eu, completamente out.
Sendo assim, decidi juntar o útil ao agradável. Consciente de que poderia estar a entrar por um mau caminho, aderi ao Netflix (um mês para experimentar) e, de uma assentada, vi a 1ª temporada desta série. E foi tão bom!

Tal como qualquer substância que nos crie dependência, tudo está feito para nos prender. O enredo, a forma como deixa a história em suspenso entre cada episódio, a conveniência de ter todos os episódios disponíveis,  o tempo diminuto - mais propriamente, 27 segundos - para respirar quando a história se interrompe... E, no meu caso, tempo disponível. Uma mistura explosiva!
Para quem não conhece esta série e gosta de um bom thriller, recomendo. É sem sombra de dúvida uma série que veio para fazer história. Já ansiosa pela 2ª temporada (a estreia está prevista para 6 de abril).


Não sei andar de bicicleta 🚲

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