Teatro, uma forma de arte que cada vez mais me encanta


Na semana em que se celebra o Dia do Teatro, fiz isso mesmo: fui ao teatro.
A opção foi o musical infanto juvenil "Sonho de uma noite de Verão", de W. Shakespeare, pela Companhia Palco 13, no Auditório Fernando Lopes-Graça em Cascais.
Uma sala interessante, um cenário cuidado, atores jovens, encenação ritmada e bem fluída, boa movimentação em palco, desenho de luz, sonorização e seleção de música excelente. Quem estiver a ler o que escrevi deve estar pensar: que entendida nestas coisas. Mas não, não sou entendida. Como para quase tudo sou uma curiosa, uma agregadora de informação, que aplico aqui e ali no que me interessa.

Não tenho grande recordação de ir ao teatro na minha infância, adolescência ou juventude. A memória mais recente que tenho foi depois de ter filhos, há cerca de 12 anos, onde o teatro - e outras formas de arte - começaram a fazer parte da rotina cá de casa. Na altura, uma amiga com filhos um pouco mais velhos que os meus fazia este tipo de programas ao fim de semana e estabeleci que pelo menos uma vez por mês teríamos uma saída em família para ir ao teatro, assistir a um concerto, visitar uma exposição ou um museu, ou simplesmente ir ao cinema. O que fizesse sentido para a idade e gosto deles. Queria abrir-lhes o horizonte cultural e passou a ser um hábito, que rapidamente se tornou rotina. A oferta era cada vez maior e, algumas vezes, já começavam eles a sugerir o que ver e visitar. Também queria que soubessem reconhecer talento e mérito. O valor de uma salva de palmas no final de mais um espetáculo era o contributo mais genuíno que um ator gostaria de ouvir.

Este gosto pela representação aprofundou-se quando a miúda - uma das crianças mais tímidas que alguma vez conheci - teve uma professora primária amante desta arte e a levou para cima de um palco. Adorou! Uma recusa numa audição para um grupo de teatro infantil, aos seis anos, não fez com que o gosto pela representação se extinguisse e, depois de uma passagem de três anos pela música e pela aprendizagem de guitarra - com apresentações em auditórios cheios -, tentou uma nova audição e ficou no tal grupo de teatro, onde já participou em dois musicais, que estiveram em cena cada um mais de três meses. É o que faz a perseverança!

Com isto tudo, o gosto e a curiosidade pelo teatro tem crescido, e que cada vez mais me encanta. É sempre uma boa sugestão para um programa com amigos. Assistir a diferentes géneros, mais cómicos ou mais dramáticos. Clássicos ou versões mais atuais. Ou uma interpretação atual de um clássico, como foi o caso de hoje.

E não, não sou uma entendida. Mas quando assisto a uma peça de teatro é um estado de imersão noutra realidade, que me alegra, me entristece, me faz rir e me faz chorar. Que me faz sonhar e pensar. Não me deixa indiferente.
Gosto de rever todo o processo. Desde o guião, ao ponto de vista do encenador, ao que cada ator aporta à sua personagem, aos detalhes do guarda-roupa, do som, da luz, da música. E no fim, os aplausos. Bravo! Bravo!


Não sei andar de bicicleta 🚲

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