Dores de crescimento


Como podemos assistir à frustração dos nossos filhos sem reagir? Sem "tomar as suas dores" e reduzi-las ou até eliminá-las?
As novas correntes da parentalidade consciente dizem que é errado "passar a mão pela cabeça", dizer que está tudo bem, ou ir resolver o assunto por eles, como um ser superior que tudo resolve. Dizem que os pais devem ouvir com atenção, ajudá-los a dar um nome ao sentimento e, sem muito dizer, que eles vão encontrar o caminho para resolver essa frustração.
É como quando começam a dar os primeiros passos. Caem uma, duas... várias vezes. Dão trambolhões, passos bambos. E depois levantam-se, tentam outra vez. Até dominar a "técnica". E depois correm, e já não os apanhamos.

Como os desafios da adolescência, da formação da personalidade e das primeiras dúvidas e decisões, acredito que o treino da inteligência emocional é uma forma de educar pela positiva e de os ajudar a crescer.
A vida não é sempre cor-de-rosa e todos os obstáculos e pontes que vamos tendo no caminho são momento de aprendizagem que, naquele momento ou mais tarde, servirão para enfrentar outros obstáculos e outras pontes que a vida nos trás.
Mas, e no momento em que tudo acontece e os filhos procuram nos pais um guia, um conselheiro? Como custa ficar em silêncio e só ouvir... Ter aquela sensação de que nos estamos a demitir do nosso papel de pai e mãe...
Têm os pais de aprender a gerir este misto de sentimentos, para bem dos filhos. Para que cresçam, preparados para os desafios do futuro. Tal como nos primeiros passos.
São, também para os pais, dores de crescimento.


Não sei andar de bicicleta 🚲

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