Qual a fórmula para evitar a agressividade nos dias de hoje?


Convivo mal com a agressividade, com a violência gratuita (e de todas as formas). Aquela que vem da mesquinhez e envolta numa malícia quase natural.
Que se vê no tom, na escolha das palavras, no momento escolhido para acontecer. Que é provocatória, insolente, e muitas vezes persistente.
E cada vez mais presente no nosso dia a dia.

Nas crianças - e as minhas não são exceção - fala-se em bullying. O que sofre e o que provoca. O que fica marcado e o que acha que a violência é a forma de se elevar. O medo e a forma errada de se relacionar. Com artifícios e mecanismos cada vez mais elaborados. Com a conivência de tantos, adultos e crianças. Porque "foi só uma vez" ou "mais esta vez" e "ele é meu amigo, o melhor".
Sei de histórias que me deixam perplexa, de miúdos que nunca imaginaria que fossem um bully e, de outros, que ainda hoje sofrem com situações que perduraram no tempo.
Como pais, temos de saber identificar os sinais, chegar aos factos, agir e não deixar que a situação persista. Como? estando presente, conhecendo os hábitos dos nossos filhos. E digo isto para as duas situações, porque ser pai ou mãe de um bully também requer estar atento.
Porque é que isto acontece? é a questão que eu me coloco tantas vezes. Porque é que a agressão é a resposta mais fácil? Até porque nunca se fica por "uma vítima". É uma forma de relação com os outros que fica e se introduz na personalidade.

E se nos primeiros anos de vida este assunto é já tão falado, para que possa ajudar à sua resolução, na idade adulta ele também existe. Não apenas nas relações pessoais, mas também nas empresas. Talvez apareça menos nos telejornais, mas é uma realidade e eu tenho-a sentido na pele. Sempre existiram os "chicos-espertos", que puxam o tapete aos colegas, que se acham mais competentes e que encontram a forma de subir na carreira de forma menos correta. Mas não me refiro a esses. Falo dos que prejudicam de forma gratuita o trabalho dos outros, denegrindo a sua imagem junto dos colegas e, tal como as crianças, encontram na violência verbal a sua forma de se elevarem. De forma persistente e recorrente. Que acham que este é o caminho para o êxito.
Como viver com isto? Será que a fórmula para as situações de bullying entre crianças também poderá ser aqui aplicada? Para isto não tenho resposta, mas acredito que não estarei muito longe de a encontrar.

Não sei andar de bicicleta 🚲

[foto: Aashish R Gautam, Unsplash]

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Portas de segurança

Viajar com adolescentes ✈ Destino Barcelona

Viajar com adolescentes ✈ Destino Paris

Do desamor ao amor-próprio

Viajar com adolescentes ✈ Destino Amesterdão