Mais uma voltinha 🎡


Com tantos altos e baixos, a vida parece uma roda gigante.
Daquelas que se destaca na linha do horizonte. Que nos fascina.
Que vê lá do alto o que se passa e nos dá uma visão mais larga do momento que estamos a viver. Ou que nos traz ao fundo de cada um de nós, para nos puxar novamente para cima.
Uma roda que pára para que outros entrem na nossa vida e que permite a saída de quem já não quer caminhar ao nosso lado.
Que sabemos que nos vai levar ao topo do mundo, mesmo que a subida custe e que saibamos que teremos de voltar a descer e reencontrar o que está na base.
O ponto de partida e chegada é o mesmo. É cada um de nós. O que criamos, as vivências, o bom e o mau.
Uma subida que nos faz tremer, num misto de alegria e medo, de superação e conquista. Um frio na barriga bom.
A chegada ao topo é como respirar fundo e desfrutar a paisagem. Querer que não acabe, que perdure infinitamente. Fechar os olhos e guardar este momento bom. Aproveitar a brisa do vento no rosto.
A descida é o retorno diário ao básico, ao que nos liga. Às nossas raízes, às nossas pessoas, aos nossos lugares. Suavemente ou aos solavancos, é voltar ao que sabemos que temos e que somos gratos. Apertar a mão a quem está connosco.
Pode ser a viagem mais divertida de sempre ou a mais triste de sempre. Ou as duas na mesma volta. A imprevisibilidade  faz parte desta viagem.
Podemos escolher o nosso lugar nesta roda gigante. Querer desesperadamente ser o primeiro, contentarmos-nos com o lugar que nos atribuem, esperar para escolher o lugar que achamos ser o melhor ou ficar com o lugar que sobra. Todos vão responder ao ritmo e à dinâmica desta roda gigante. Todos vamos subir e descer. No tempo que dura uma volta completa.
O seu sobe e desce constante ensina-nos que nada dura para sempre. Que depois da subida em esforço há a vertiginosa descida. Mas mostra-nos também que o tão almejado o topo é alcançável. Esse topo que são os bons momentos da nossa vida, que devemos saborear e valorizar.
Intensa, grandiosa e dinâmica. Assim é a roda gigante. E assim a vida.


Não sei andar de bicicleta ðŸš²
[foto Ashley Elena, Pexels]

Comentários

  1. Costumo dizer que a vida é como uma montanha russa.
    Quando achamos que agora estamos bem é quando há algo que nos leve para baixo.
    Depois para subir é uma subida muito lenta ao invés da descida.

    Cumprimentos Os Piruças

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  2. Eu prefiro a analogia da roda gigante pois prefiro ver a vida com uma velocidade que me permita apreciar, coisa que rapidez da montanha russa - com as suas subidas e descidas acentuadas - não permite.
    Mas ambas são ótimas!
    Um abraço

    ResponderEliminar

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