Cara ou coroa?


Todos os dias tomamos decisões. A hora a que acordamos, o caminho que fazemos até ao trabalho, o que vamos almoçar, se marcamos uma aula no ginásio, o que precisamos comprar no supermercado [aqui as decisões são múltiplas] e qual o filme que vamos ver no cinema ao fim do dia.

A naturalidade com que dizemos sim ou não, esquerda ou direita, ir ou ficar, trazer ou deixar, faz parte da nossa personalidade, estado de espírito, ânimo e do contexto. Há uma escala nas decisões que temos de tomar, que obedece a diferentes variáveis, desde as que fazemos mecanicamente até às que podem mudar a nossa vida. São estas últimas que nos consomem energia, que nos dão frio na barriga, sentimos medo, sobre as quais formulamos hipóteses diversas e imaginamos os vários cenários sobre o que acontece depois.

Há decisões que surgem das diferentes experiências que vamos vivendo, dos nossos relacionamentos, dos compromissos e das oportunidades que vão surgindo. A vida, diz-se, é feita disso mesmo. E há decisões que põem à prova a nossa rapidez de raciocínio, a nossa agilidade e sensatez, a nossa intuição e que colocam em causa o que sentimos.


Sou da opinião que devemos por estas decisões "maiores" em stand by quando estamos tristes ou, no pólo oposto, extasiados de alegria, quando sentimos rancor ou ciúme. Estes estados de espírito toldam a nossa percepção e podem levar a um caminho que não é o melhor. Também não devemos decidir sem ter informação suficiente. Por vezes ver apenas a ponta do icebergue ou apenas um dos lados da situação pode não ser o suficiente para tomar a decisão certa.


E quando não tomamos a decisão certa? Ou é a acertada naquele momento e passado um tempo já não é? E se preferirmos experimentar para ver se é aquilo que está certo?

É difícil ter um método, uma receita infalível, que nos indique sempre o caminho acertado. Podemos confiar no nosso instinto, fazer cálculos de probabilidade, seguir o conselho de alguém, e até ter sorte (e esta também dá trabalho). Se a decisão for a acertada, de certeza que ficaremos felizes, realizados, orgulhosos de nós próprios. E se a decisão for a errada estamos sempre a tempo de a corrigir ou até de descobrir algo que desconhecíamos se não tivéssemos seguido esse caminho.


Uma coisa é certa: o primeiro passo é decidir decidir.


Não sei andar de bicicleta 🚲

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