Guia para descobrir a criatividade e viver em pleno


Quando comecei - pela terceira vez! - a escrever de forma recorrente e decidi dar vida ao blog, o meu propósito era ter um cantinho meu, onde pudesse dar asas ao meu lado mais criativo e registar em pequenos textos memórias da minha vida, o que sinto, o que leio, por onde viajo, as descobertas que faço, como me relaciono com os outros. Um espécie de "higiene mental" que me obrigava a parar e observar situações do dia-a-dia e refletir sobre elas, de forma estruturada.
Perguntam-me o porquê do nome "Não sei andar de bicicleta". Primeiro que tudo é uma realidade - não que nunca tenha tentado, quando era pequena, mas as quedas e a falta de jeito não tiveram o efeito esperado e esta acabou por ser uma arte que nunca mais voltei a tentar -, mas é também uma afirmação - não domino a habilidade de me equilibrar numa bicicleta mas sou inteira, sou real, tenho a minha opinião e a minha forma de estar na vida. O facto de ser enigmático, não-revelador do seu conteúdo e estimular a curiosidade também justificam esta escolha.
Não faz parte da ambição ficar famosa ou ascender na escala do reconhecimento "mundial", mas gosto que me leiam, concordem e discordem do que digo. Ser um ponto de vista que desperta em quem me lê uma visão do tema sobre o qual me debruço. E estava longe de imaginar o bem que este exercício me faz.

No meio de todo este percurso surgiu o livro A Grande Magia, de Elizabeth Gilbert, que se encaixou na perfeição nesta minha nova faceta. Foi meu companheiro num pequeno período de férias e rapidamente foi adotado como "o livro" que veio abrir a minha mente e dar-me a certeza que este é um caminho que devo valorizar.
Este é um livro especial. A autora, mais conhecida pelo seu best-seller mundial Comer, Orar e Amar, surge agora numa versão diferente. Não é um livro de auto-ajuda, nem um livro auto-biográfico, nem um livro técnico de como estimular a veia criativa (neste caso em particular a escrita). Vejo-o como uma conversa, histórias que fazem o click e que vão dizendo ao leitor como deve conduzir a sua energia para a arte da escrita. Tem conselhos para a vida [partilhei alguns deles com os meus filhos], tem humor e é desconcertante, tem empoderamento e momentos de frustração, sempre contados na primeira pessoa.
Para além de mágico, este livro é magnético. Estimula os sentidos. Provoca-nos. Tem um poder transformador e é contagiante. Como nos diz o seu subtítulo, é uma guia para descobrir a criatividade e viver em pleno.


Não sei andar de bicicleta 🚲

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