Ter um blog não é para meninas!


Nem para meninas, nem para meninos. O que está em causa não é a velha questão do "sexo forte" - cada vez mais em desuso. Refiro-me ao compromisso que é decidir ter e manter um blog como formato de expressão pessoal.

Quando tomei a decisão de criar este blog - e como disse no primeiro artigo que escrevi - foi uma terceira tentativa. A desculpa de que não tinha tempo e o facto de, se calhar, a vontade não ser assim tanta, fizeram-me desistir aos primeiros obstáculos. Se calhar não tinha de ser, não era o momento.
Mas ficou o bichinho. E desta vez, a força e o entusiasmo estão a dar luta à preguiça. Os primeiros artigos foram escritos em total sigilo, quase como um affair mantido em segredo. Sem grande regularidade ou temas definidos de forma rígida. Apenas textos avulso com o que me apetecia escrever.

Depois fui lendo os comentários, experimentei escrever sobre temas onde me sinto mais à vontade (ou que têm mais a ver comigo), fortaleci o gosto pela fotografia e avancei com a inclusão de algumas fotos minhas. Não o tornei um diário, onde conto o que me acontece nos meus dias, e tenho alguma relutância em abordar um assunto só porque está na ordem do dia (apenas o faço se realmente for importante para mim e se tiver algo de relevante para escrever). Gosto de escrever sobre "as pequenas grandes coisas" da minha vida e do que me rodeia. E tenho o cuidado, quando escrevo sobre os meus filhos, de os proteger, não deixando de me inspirar no que vivemos em conjunto, e que é parte do que sou.

Como em tantas outras situações, manter um blog dá algum trabalho - nada que uma organização eficaz não resolva! A parte técnica é a mais fácil (pelo menos num modelo-básico-iniciante), pois está tudo pré-definido e é muito intuitivo. Depois é preciso planear, estruturar, ter imaginação e criatividade, gostar de escrever em diferentes registos, pensar no que poderá ser interessante escrever (em especial para mim e, consequentemente, para quem possa ter interesse em ler-me), pensar no título, na fotografia, no horário em que vai ser publicado, ter um método de registo de ideias. E muita vontade.

Tudo se organiza para "encaixar" este vício bom no correr do dia. E todos os dias cresce a vontade de escrever, de fazer alguma coisa que seja positiva (e grande!). Escrever no blog tornou-se uma terapia - cheia de efeitos colaterais positivos.
O que é verdadeiramente desafiante é o compromisso que fiz comigo mesma. Ter o blog exige-me que reflita, que escreva, que exteriorize o que sinto, que fale sobre o meu mundo, o que gosto e a minha visão positiva da vida. Não como uma obrigação, com hora e data marcada, com 1001 regras. Permite que o gosto pela escrita me ajude a transformar em palavras o que tenho para dizer. E, isso, não é para todos!


Não sei andar de bicicleta 🚲
[foto Clark Tibbs, Unsplash]

Comentários

  1. Sinto o mesmo, apesar de só ter o blog há pouco tempo!! Quem não tem nenhum blog acha que isto é tudo muito fácil mas requer muito do nosso tempo. Mas depois também se torna um gosto e um ritual ao longo do tempo, algo que introduzimos na nossa rotina e que nos faz bem!!

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