O direito de votar

Hoje é dia de eleições. Dia da exercer um direito. Um direito conquistado por outros e, em especial no que diz respeito às mulheres, que devemos respeitar e assumir como um dever.
É assim que vejo o processo eleitoral. A oportunidade de expressar a minha opinião: informada, argumentada, presente e participativa. É assim que a transmito aos meus filhos.

Hoje é um dia especial. O dia em que o meu filho exerceu pela primeira vez o seu direito de voto. Talvez o que ele tenha desejado com mais ênfase desde que atingiu a maioridade. A possibilidade de dizer ao mundo: estou aqui e tenho a minha opinião.

Há semanas que conversamos sobre programas eleitorais, modelos de governação, políticas europeias, candidatos. Não tenho como objetivo influenciá-lo [até porque a nossa visão de "ser europeu" é seguramente diferente], mas ajudá-lo a pensar, a ter sentido crítico e a procurar informação para esclarecer as sua opinião.
Aqui em casa sempre existiu o hábito de ter a televisão está ligada à hora das refeições para ver o noticiário. As notícias são comentadas, descodificadas, analisadas. Um hábito que nem todas as famílias têm, mas que sei que hoje dá os seus frutos.
Sempre fiz questão em cumprir o meu direito de voto e levá-lo, e à irmã, para que pudessem assistir, pois para mim, mais do que contar a história e apontar a "obrigação moral", é preciso ser um exemplo ativo.

Hoje fui com acompanhá-lo neste seu primeiro ato eleitoral, que sei que guardará para si, independentemente se resultado vai de encontro à sua escolha. Porque sei que este momento fará sempre parte do seu caminho de adulto consciente dos seus deveres e direitos. E como mãe, com orgulho de saber que as asas que lhe fui dando ao longo da vida, lhe permitem agora voar com firmeza e segurança.


Não sei andar de bicicleta 🚲
[foto Element5 Design, em Pexels]