A felicidade dos filhos

É a vontade - e responsabilidade - de cada pai fazer o seu filho feliz.
Seja no que diz respeito ao afeto, ao conforto físico e bens materiais. Queremos que sejam felizes. Como nós pais fomos na nossa infância, ou ainda mais felizes.
Recordamos essa fase da vida e antecipamos necessidades, antevemos cenários e preparamos a "bagagem" dos nossos filhos com tudo o que achamos que precisam. Relembramos momentos felizes da nossa adolescência e reconhecemos que "chegou a altura" de viver as mesmas emoções, passar pelas mesmas etapas. "Assim vou fazê-lo feliz".

É missão - e responsabilidade - de cada pai saber o que faz o seu filho feliz. Saber do que gosta, do que fala, o que sente, quais são as suas necessidades, com que gosta de estar, quais os seus sonhos. Os verdadeiros - não o que ele responde quando lhe perguntamos. Saber ler nas interlinhas, observar à distância, interessar-nos pelos seus assuntos - mesmo que nada tenham a ver com a nossa infância ou que pouco ou nada nos digam. Aprender a estar presente gerindo a nossa presença. Compreender, aceitar e defender as suas opções, mesmo que por vezes não sejam as da generalidade dos adolescentes. Não comparar, não julgar, mas ao invés encorajar, estimular, dar-lhe o seu espaço para crescer autonomamente.
"Assim ele vai ser feliz".

É no meio caminho entre o "fazer" e o "ser" - no encontrar o ponto de equilíbrio - que reside a verdadeira felicidade. Para os filhos. E para os pais.


Não sei andar de bibicleta 🚲
[foto: Jordan McQuenn, Unsplash]